A colocação do balão intragástrico é um procedimento considerado minimamente invasivo, pois é colocado com auxílio de endoscopia digestiva alta e sob sedação, sem a necessidade de internação hospitalar (salvo em casos de exceção) e sem cortes (não trata-se de ato cirúrgico). Além disso, o método é considerado temporário, pois o dispositivo deve ser retirado em prazo previamente estabelecido, conforme as características do balão intragástrico escolhido. Tudo isso em decisão conjunta do médico-assistente e do paciente. Os mais comuns são as opções são entre os balões de 6 ou 12 meses.
Por esses motivos, a indicação do balão intragástrico é muito mais ampla que a indicação para uma cirurgia bariátrica.
Inicialmente, a indicação do balão intragástrico é mais frequentemente realizada para pacientes com índice de massa corpórea (IMC) entre 27 e 32 Kg/m². Porém, outros cenários também podem levar à escolha deste método. Pacientes com IMCs maiores e que apresentam contraindicação à cirurgia bariátrica ou que simplesmente não desejam ser submetidos ao ato cirúrgico, também podem se beneficiar deste recurso.
Uma vantagem interessante do balão intragástrico é o fato de que este não causa alterações anatômicas permanentes no organismo, portanto, não contraindica procedimentos cirúrgicos em momentos futuros, caso esta necessidade se estabeleça. Inclusive, uma das possíveis indicações do balão intragástrico é para pacientes superobesos, que são pacientes com IMC acima de 50 Kg/m² e que serão submetidos a balão intragástrico. A colocação do balão intragástrico no pré-operatório pode proporcionar boa perda de peso, tornando o ato cirúrgico mais seguro e tecnicamente mais fácil.
Conteúdo escrito por:
Dr. Gustavo Antonio Pereira da Silva
CRM-PR: 27.125
Cirurgião Geral (RQE : 2.942)