Diversas são as opções terapêuticas para os pacientes que desejam ingressar em um tratamento para a perda de peso.
A decisão é baseada nas características individuais de cada paciente e não existe uma “receita de bolo” que se enquadre para todos os casos. As particularidades de cada paciente devem ser bem avaliadas pelo médico para que o melhor método seja escolhido. Esta decisão deve ser baseada em informações claras, com afinidade e confiança entre as partes e um sólido relacionamento médico-paciente. Dentre as diversas opções terapêuticas, este artigo aborda principalmente o balão intragástrico (também conhecido como “balão gástrico”).
O balão intragástrico é um dispositivo de silicone, que é introduzido através da boca com auxílio de endoscopia digestiva alta. O procedimento é realizado sob sedação e na grande maioria das vezes é feito em caráter ambulatorial (dentro de clínicas), desde que respeitados os padrões de segurança, tanto em relação a equipe que realizará o procedimento, quanto a estrutura do local, assim como as características individuais do paciente.
Após o balão intragástrico atingir o interior do estômago, com auxílio de endoscopia digestiva alta, seu correto posicionamento é verificado e o mesmo é preenchido com solução estéril (soro fisiológico acrescido de azul de metileno, no caso do protocolo do CEDEPI) em volume adequado para o paciente, de acordo com suas características individuais. A maioria dos balões intragástricos no mercado possuem capacidade entre 300 a 700 ml.
Após seu preenchimento, o sistema é desacoplado do seu cateter de infusão. O correto posicionamento e fechamento da válvula deve ser verificado sob visão endoscópica.
Após terminado o procedimento, o paciente segue para a unidade de recuperação anestésica para ser monitorizado até que possa ser liberado para seu domicílio com segurança. O tempo estimado desde o paciente adentrar a sala de exames para o procedimento, até que o mesmo encontre-se apto a receber alta da unidade de recuperação anestésica, geralmente fica em torno de 50 minutos (a depender da expertise da equipe e das características de cada clínica).
Outra opção, que ainda é menos popularizada e encontra-se em fase inicial, é o balão intragástrico deglutível, em formato de pílula. Porém, este método ainda é pouco difundido no meio médico.
Conteúdo escrito por:
Dr. Gustavo Antonio Pereira da Silva
CRM-PR: 27.125
Cirurgião Geral (RQE : 2.942)